terça-feira, 19 de abril de 2011

SEMANA SANTA

Olá irmãos decolores,
Meditamos hoje, em nossa escola, com Ana Maria, André, Cida Souza, João Paulo, Lorena, Luciano, Márcio Padovani, Paula, Silvana e Sívio,  a semana santa.
Semana de muito significado para os cristãos. Semana que antecede a maior festa do cristianismo: a Páscoa de Nosso Senhor.
Saibamos viver essa semana, com muita oração, meditação e recolhimento.

SEMANA SANTA

Na Semana Santa celebramos os acontecimentos mais significativos da vida de Cristo: a ceia de despedida, a agonia no jardim das Oliveiras, o caminho do Calvário, a morte salvadora e a ressurreição.Expressamos o tempo de graça que é a Páscoa pelas leituras, as orações, os cânticos… e também com os sinais e símbolos. Desde os ramos de palmeira do Domingo de Ramos até ao círio e à água batismal da vigília pascal, a comunidade cristã expressa a sua fé e a sua vivência do mistério pascal através de gestos simbólicos muito expressivos.

DOMINGO DE RAMOS
Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém como rei. Recorda a Paixão e Morte de Cristo.

A celebração do Domingo de Ramos começa em uma capela ou igreja afastada de onde será rezada a Missa. Os ramos que os fiéis levam consigo são abençoados pelo sacerdote. Então, este proclama o Evangelho da entrada de Jesus em Jerusalém, e inicia-se a procissão com algumas orações próprias da festa, rumo à igreja principal ou matriz. Entrou na cidade como um Rei, mas sentado num jumentinho - o simbolo da humildade - e foi aclamado pela população como o Messias, o Rei de Israel. A multidão o aclamava: "Hosana ao Filho de Davi!"

SEGUNDA-FEIRA SANTA
Nesse dia, Jesus foi a um jantar na casa de amigos, numa aldeia chamada Bethânia. Maria, irmã da Marta, perfumou o Senhor com uma essência cara, o que, para os judeus, significava um gesto de amor e de acolhida.

TERÇA-FEIRA SANTA
Dia da traição. Jesus é traído por Judas.

QUARTA-FEIRA SANTA

Procissão do Encontro de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores


Em muitas paróquias, especialmente no interior, realiza-se a famosa “Procissão do Encontro” entre: o Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Os homens saem de uma igreja com a imagem de Nosso Senhor dos Passos e as mulheres saem de outra igreja com Nossa Senhora das Dores. Acontece então o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho

QUINTA-FEIRA SANTA
Instituição da Eucaristia e Ceia do Senhor (Lava-pés)

Ritos Celebrativos:

1 - Bênção dos Santos Óleos
Na Quinta-feira Santa, óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo Bispo para ser usado nas celebrações do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação. Celebrado na catedral e com a presença de todo o clero.
Óleo do Crisma - Uma mistura de óleo e bálsamo, significando plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar "o bom perfume de Cristo". É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento do sacerdócio, para ungir os "escolhidos" que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro.
Óleo dos Catecúmenos - Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. Sua cor é vermelha.
Óleo dos Enfermos - É usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como "extrema-unção". Este óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus. Sua cor é roxa.

2 - Instituição da Eucaristia
Antes de ser entregue, Cristo se entrega como alimento. Entretanto, nesta Ceia, o Senhor Jesus celebra sua morte: o que fez, o fez como anúncio profético e oferecimento antecipado e real da sua morte antes da sua Paixão. Por isso "quando comemos deste pão y bebemos deste cálice, proclamamos a morte do Senhor até que ele volte" (1Cor 11, 26).

3 - Ceia do Senhor (Lava-pés) Jo 13,411
Jesus levantou-se da mesa. Ele nos diz que é preciso sair do nosso egoísmo, mobilizar-se, ir ao encontro dos outros.
Tirou o manto. Jesus se esvazia de si mesmo e coloca-se na condição de servo. Ele nos ensina sobre a necessidade de despojar-se de tudo o que divide, dos fechamentos, das barreiras, dos medos, das inseguranças, que nos bloqueiam na prática do bem.
Pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Jesus põe o avental para servir. "Aquele que era de condição divina, humilhou-se a si mesmo" (Fl 2, 6-8). Ele nos propõe o uso do avental do servir na disponibilidade, e na generosidade, e ainda do comprometer-se com os mais necessitados e colocar-se em último lugar.
Colocou água na bacia. Jesus usa instrumentos da cultura do povo: água e bacia. Repete um gesto que era feito pelos escravos ou pelas mulheres. Ele quer nos dizer que para anunciar sua proposta é preciso entender, conhecer, assumir o que o povo vive, sofre, sonha...
E começou a lavar os pés dos discípulos. Para lavar os pés Jesus se inclina, olha, percebe e acolhe a reação de cada discípulo. Com o lavar os pés, Jesus nos compromete a acolher os outros com alegria, sem discriminações, a escutar com paciência, a partilhar os nossos dons...
Enxugando com a toalha que tinha na cintura. Jesus enxuga os pés calejados, rudes e descalços de seus discípulos. São muitos os gestos que Jesus nos convida a praticar para amenizar os calos das dores de tantos irmãos: visita a doentes e idosos, organizar-se para atender crianças de rua, uma palavra de ânimo a aidéticos, valorização de nossos irmãos indígenas...

4 - Transladação do Santíssimo
A transladação do Santíssimo tem notícias históricas desde o século II. Mas o rito da adoração, na quinta-feira santa entrou na Igreja a partir do século XIII e foi difundindo-se até o século XV.
O rito atual é muito simples e tem o seguinte significado: após a oração depois da comunhão, o Santíssimo é transladado solenemente em procissão para uma capela lateral ou para um dos altares laterais da igreja, devidamente preparado para receber o santíssimo.
Antes da transladação, o sacerdote prepara o turíbulo e incensa o Santíssimo três vezes. Depois, realiza-se uma pequena procissão dentro da igreja, que é precedida pelo cruciferário (pessoa que leva a cruz processional), velas e incenso.
Após a transladação, a comunidade é convidada a permanecer em adoração solene até um horário conveniente. O significado é de ação de graças pela eucaristia e pela salvação que celebramos nestes dias do Tríduo Pascal.

5 - Desnudação do Altar
A desnudação do altar hoje, é um rito prático, com a finalidade de tirar da igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e respeitoso silêncio pela Paixão e Morte de Jesus.
A desnudação do altar (denudatio altaris), ou despojamento, como preferem alguns, é um rito antigo, já mencionado por Santo Isidoro no século VII, que fala da desnudação como um gesto que acontecia na quinta-feira santa.
 O sacerdote, ajudado por dois ministros, remove as toalhas e os demais ornamentos e enfeites dos altares que ficam assim desnudados até a Vigília Pascal. No antigo rito, durante a desnudação recitava-se um trecho de um salmo. O gesto da desnudação do altar tinha o significado alegórico da nudez com a qual Cristo foi crucificado.
O rito atual é realizado de modo muito simples, após a missa. Feito em silêncio e sem a participação da assembléia. As orientações do Missal Romano pedem que sejam retiradas as toalhas do altar e, se possível, as cruzes da igreja. Caso isso não seja possível, orienta o Missal que convém velar as cruzes e as imagens que não possam ser retiradas.(Cf. Missal Romano, p. 253, n. 19).
O significado é o silêncio respeitoso da Igreja que faz memória de Jesus que sofre a Paixão e sua morte de Jesus, por isso, despoja-se de tudo o que possa manifestar festa.
Na quinta-feira santa não há benção final na missa,  pois ela continuará, durante a sexta-feira na celebração da paixão e no sábado na vigília.


SEXTA-FEIRA SANTA
Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo

Não há missa nesse dia, porém deste 1955, quando Pio XII decidiu, na reforma que fez na Semana Santa, não somente o sacerdote - como até então - mas também os fiéis podem comungar com o Corpo de Cristo.
A celebração da morte do Senhor consiste, resumidamente, na adoração de Cristo crucificado, precedida por uma liturgia da Palavra e seguida pela comunhão eucarística dos participantes. Presidida por um presbítero ou bispo, paramentado como para a missa, de cor cor vermelha, a celebração segue esta estrutura
Um muitos lugares,  a Celebração da Paixão e Morte do Senhor é procedida da Procissão do Enterro, também conhecida como Procissão do Senhor Morto.    A veneração da cruz, símbolo da salvação, pretende dar expressão concreta à adoração de Cristo crucificado.

SÁBADO SANTO
Vigília Pascal

Durante o Sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição (Circ 73).
A Cruz continua entronizada desde o dia anterior. Central, iluminada, com um pano vermelho com o louro da vitória. Deus morreu. Quis vencer com sua própria dor o mal da humanidade. É o dia da ausência. O Esposo nos foi arrebatado. Dia de dor, de repouso, de esperança, de solidão. O próprio Cristo está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de seu último grito da cruz "por que me abandonaste?", agora ele cala no sepulcro. Descansa: "consummantum est", "tudo está consumado". Mas este silêncio pode ser chamado de plenitude da palavra. O assombro é eloqüente. "Fulget crucis mysterium", "resplandece o mistério da Cruz".
A celebração é no sábado à noite, é uma Vigília em honra ao Senhor, segundo uma antiqüíssima tradição, (Ex. 12, 42), de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (Lc. 12, 35 ss), tenham acesas as lâmpadas como os que aguardam a seu Senhor quando chega, para que, ao chegar, os encontre em vigília e os faça sentar em sua mesa.
Toda a celebração da Vigília Pascal é realizada durante a noite, de tal maneira que não se deva começar antes de anoitecer, ou se termine a aurora do Domingo.
A missa ainda que se celebre antes da meia noite, é a Missa Pascal do Domingo da Ressurreição. Os que participam desta missa, podem voltar a comungar na segunda Missa de Páscoa.
O sacerdote e os ministros se revestem de branco para a Missa. Preparam-se os velas para todos os que participem da Vigília.


Hoje, 19 de Abril: São Leão IX (papa), Santa Ema da Saxônia e Santo Expedito; rogai por nós!

4 comentários:

  1. Irmãos, Paz e Bem!
    Conhecer os ritos de nossa igreja é a melhor forma de incentivar a participação consciente do cristão e alimentar a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo.
    A Semana Santa é tão rica de significados que, para conhecê-la bem, não basta apenas ler as importantes informações acima, mas vivenciar cada momento único proporcionado por ela.
    Parabéns LUCIANO, por ter nos dado a oportunidade de conhecer nossa igreja, fortificando nossa caminhada e aumentando nosso amor ao mestre JESUS.
    Uma Feliz Páscoa a todos.

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  2. Muito boa essa "Escola Vivencial" sobre a "Semana Santa"!!!

    O Luciano está de parabéns!!! Muito bom o material, as explanações, e todos os frutos que esse encontro gerou!!! Pena que o tempo na Escola é curto.

    Gostaria de aproveitar o comentário e deixar um convite aos nossos Colegas Cursilhistas, assim como aos Futuros Cursilhistas, de outras Escolas Vivenciais (Vitória, Guarapari, etc:

    Venham nos visitar, e até mesmo passem a participar (como um "plus" à sua) de nossa Escola Vivencial de Vila Velha; por que não, néh?!

    Creio que, para quem puder e quiser, será muito enriquecedor; além de nos proporcionar a oportunidade de rever os amigos e conhecer os novos companheiros de caminhada!!!

    Forte abraço a todos!!!

    Bjuão,
    JP!!!

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  3. Gostei demais deste blog. É formação na forma mais simples e direta possível. Sabemos que, para a Escola Vivencial, é importante adequar a linguagem e o poder de comunicação para uma formação mais interessante, que mantenha a atenção do cursilhista. Assim é este blog. Simples e objetivo, mas com uma enorme capacidade de formação.

    Parabéns a todos vocês, Deus os abençoe muito. Fiquei fã!!!

    Um grande abraço,

    Soyla - GED-Niterói

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  4. Parabéns Luciano e Equipe, acredito que estamos seguindo a direção certa.

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