terça-feira, 29 de maio de 2012

QUERIGMA

Caro irmãos,
 Jesus Cristo, filho de Deus vivo, é o Messias, nosso Senhor e Salvador. Ele morreu e ressucitou e foi glorificado por Deus. Subiu aos céus e nos enviou o Espirito Santo, o parácrito.

Hoje nossa escola fez uma formação sobre Querigma.

Estiveram presente: Márcio Padovani, Silvana, Cida Souza, Aurinha, Eliane, José Tarcizio, Sônia, Bruno, Lorena, Luciano e Sílvio.


Avisos da semana:
 
* Visita de Dom Joaquim Wladimir, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Vitória
 


Dia 05 de junho (próxima terça-feira) nossa escola receberá a visita de Dom Joaquim. Ele conduzirá os trabalhos da Escola Vivencial de Vila Velha neste dia.
 
 

A chegada dele está prevista para as 19:30h, solicitamos a todos que cheguem à escola 19:15 para podermos recepcioná-lo. É um dia importante para nosso movimento.

 
 
* Ordenação Diaconal de José Tarcizio
Dia: 09 de junho de 2012 às 17h
Local: Catedral Metropolitana de Vitória
 
 
* Aniversários
Feliz aniversário para Antônio Gomes Pereira (01/06) e Bruno Hott de Freitas(04/06). Que Nossa Senhora da Penha os abençoe.

* 4º Cursilho Misto da Arquidiocese de Vitória
Data: 17, 18 e 19 de agosto de 2012 - Projeto Santa Clara
As fichas estão disponíveis nas escolas vivenciais.
Se você deseja participar da equipe de trabalho, entre em contato com Luciano pelo email lpmurari@hotmail.com.



*** QUERIGMA ***

01 - Introdução

No mundo de hoje a evangelização acontece do modo inverso do que acontecia no princípio. No princípio batizavam-se somente os convertidos, hoje é ao contrário, se batiza para depois evangelizar. Por isso que é necessário e urgente a evangelização dos batizados.

A evangelização precisa ser feita em duas etapas:
1ª – O anúncio de Jesus Cristo: Querigma
2ª – O ensino progressivo da fé : Catequese
02 – Querigma x Catequese
Querigma
Etimologia => κηρυσσω => “keryssein”: clamar, proclamar como arauto,gritar.
Significado teológico-cristão => primeiro anúncio da Boa Nova feito por Jesus e pelos Apóstolos.
Catequese
Etimologia =>χατηχεω => comunicar, narrar, instruir numa doutrina;
χατηχησυζ => katejein: ensinar, reter (CATEQUESE).
Significado cristão => ensino sistemático e progressivo da fé.


03 – Querigma

É um grande erro pedagógico o que tem feito, primeiro estamos catequizando para depois cristianizar. Não podemos esquecer o que Jesus disse a Nicodemos (Jo 3,3-6): É preciso nascer de novo.

O natural é que alguém nasça para depois crescer. Então é preciso nascer para a fé para crescer nela.

É o QUERIGMA que nos conduz a nascer do alto, como fala Jesus a Nicodemos: APRESENTAR JESUS CRISTO MORTO, RESSUCITADO E GLORIFICADO PARA TERMOS UMA VIDA NOVA, GRAÇAS A FÉ E A CONVERSÃO. EXPERIMETAR JESUS VIVO COMO SALVADOR, SENHOR, MESSIAS, QUE DÁ O ESPÍRITO SANTO.


04 – Catequese
Ensino sistemático das verdades da fé e aprofundamento da vivência cristã. Catequese aprofunda e sedimenta aquilo que foi anunciado.

Quando inverte a ordem é como se estivéssemos dando alimento sólido a quem não deseja, pois ainda está cego ou espiritualmente morto. E como resultado não se interessa pelo alimento, pois morto não se alimenta. Antes de dar alimento sólido na catequese e preciso que o indivíduo nasça mediante o anúncio do querigma



QUERIGMA
CATEQUESE
Objetivo
Nascer de novo, ter vida.
Crescer em Cristo, ter vida em abundância.
Conteúdo
Anúncio de Jesus Senhor, Messias e Salvador que foi morto, ressuscitado e glorificado.
Explicação da doutrina da fé, moral, dogmas, Bíblia e etc.
Método
Proclamação de Jesus como a Boa Nova e o testemunho pessoal, visando estimular a vontade do evangelizado(=aquele que está sendo evangelizado)
Ensino ordenado e progressivo da Fé de toda Igreja, visando iluminar o entendimento.
Agente
O evangelizador, que é uma testemunha cheia do Espirito Santo.
O Catequista, que é um mestre cheio do Espírito Santo.
Meta
O encontro pessoal com Jesus pela fé e conversão e a proclamação de Jesus como Senhor e Salvador.
O encontro como o Corpo de Cristo: a comunidade Igreja e, assim, desenvolver a santidade do povo de Deus.
Resposta
Pessoal: Meu Senhor e meu Deus
Comunitária: Nosso Senhor, Nosso Salvador

05 – Método Querigmático

O Evangelho é o mesmo ontem e hoje e igreja vive e proclama esta verdade: Jesus morto e ressuscitado é o Salvador do homem todo e de todos os homens. E essa verdade deve ser apresentada a homens de diferentes culturas e condições de vida. Por isso é necessário adaptá-la pedagogicamente e não mudá-la.


5.1 – Grande temas do Querigma
O 1º anúncio é composto por seis temas fundamentais que não sou doutrinas, mas verdade de fé.

I. O amor de Deus: Deus te ama
Deus é um Pai amoroso, que te ama pessoal e incondicionalmente e quer o melhor para ti. Ele não te ama porque você é bom, mas sim porque Ele é bom.
Motivação: Não te pede que o ames, mas que te deixes amar por Ele.

II. O pecado: não te podes salvar por ti mesmo
O pecado, que consiste em não confiar em Deus e não depender Dele impede que sintas o amor divino. És pecador necessitado de Salvação, porque não és capaz de vencer Satanás nem de libertar-te do poder do pecado.
Motivação: Reconhece o teu pecado diante de Dele

III. Jesus, única solução: Jesus já te salvou.
Existe uma boa notícia: Jesus já te salvou e perdoou, ele pagou suas dívidas com o seu próprio sangue. Com sua morte por ti e Sua ressurreição, partilhou contigo a vida: vida de filho de Deus. Jesus não nos salva, já nos salvou.

IV. Fé e conversão: aceita a dom da Salvação
Jesus ganhou, já, uma Nova Vida para ti. Receba-a, crendo e convertendo-te:
- Crer em Alguém, mais do que algo, confiando que Seu caminho é melhor que o teu.
- Confessá-lo como Salvador pessoal e renunciar a qualquer outro meio de Salvação.
- Converter-te é mudar tua vida pela vida de Jesus. Entregar tua vida de pecado e começar a viver a vida de filho de Deus.
- Proclamar Jesus como Senhor de todas as áreas da vida.
Motivação : Abre as portas do teu coração a Jesus que te chama.

V. O Dom do Espírito: a promessa é para ti
Jesus se faz presente com sua Salvação por meio de seu Espírito. Ele está sedento de presentear-te com a água viva do Espírito de filiação, que clama: “Abba”: papai.
Motivação : Pede e recebe o Dom do Espírito.

VI. A Comunidade: Jesus está no irmão
Não basta nascer: é preciso crescer na vida nova. Para isso, é necessário manter-se unido à vida (Jesus), vivendo como parte do Corpo de Cristo, em união com todos os outros membros. O encontro com Cristo leva, necessariamente, ao encontro do irmão, especialmente do mais necessitado.
Motivação : Persevera com Jesus na comunidade.


Para apresentar esses temas são necessários algumas qualidades

1. Atual:
Falamos de um Deus vivo, presente, atuante e agora e não de um Deus do passado. Se você crê e abre seu coração, Ele lhe dará agora a experiência de seu Amor.

2. Direta:
Deus ama você e é um amor pessoal. Não é uma filosofia, você não experimenta este amor porque é pecador e precisa de salvação.

3. Concatenada
A mensagem é única, a Salvação de Deus a todos nós e suas exigências. Eles devem ser apresentados, ligados para que o evangelizados tem uma visão clara e sem equívocos.

4. Condições
Para uma boa evangelização necessita três condições do evangelizador.
  • Experiência de Salvação: Evangelizador é antes de tudo uma testemunha e não um professor, ele fala daquilo que seu coração está repleto, de Amor que ele experimenta.

  • Zelo pelo Evangelho: O evangelizador tem de ser um apaixonado por Jesus e sua obra. O zelo é um fato impagável no coração.

  • Testemunho de vida: O testemunho autentica a pregação. Temos de lutar para não pecar e invalidar com isso, o Evangelho que pregamos.

06 – Objetivos do Querigma

A boa nova consiste em anunciar Jesus, Salvador e Messias, que morreu e ressuscitou, foi glorificado para livrar-nos do pecado e suas consequências.

Quando proclamamos este Evangelho, não se anuncia simplesmente em fato histórico, mas tem-se um objetivo claro e definido: “Tornar presente esta Salvação”!

Para tanto é necessário um encontro pessoal com Jesus, Senhor e Messias, que acontece pela fé e conversão, abrindo nossos corações para receber assim a vida nova que nos é dada pelo Seu ESPÍRITO SANTO,tornando-nos Igreja.

Podemos distinguir quatro metas imediatas, ligadas umas às outras, que procuramos atingir com a pregação Querigmática:
  • A salvação
  • A fé e a conversão
  • Receber o Espírito Santo
  • Formar Igreja

07 – Conclusão

Não há evangelização eficaz se o Espirito Santo não agir com seu poder, que consiste na capacidade de converter corações, situações e ambientes de pecado. 1º Ts 1,5
Os sinais devem acompanhar a pregação Mc 16,16ss. A palavra permanece atual, especialmente quando acompanhada de sinais de poder – E.N.nº 12.
As palavras e sinais estão intimamente unidas ao Plano de Deus. (DeiVerbum 2).
Hoje, mas do que nunca, o mundo, a Igreja, precisam destes sinais de poder, que acompanham a evangelização.
Jesus não pregou de outra maneira: “Realizou sua missão através de sinais.


Hoje, 29 de maio de 2012: Santa Úrsula Ledochowska e São Maximino; rogai por nós!





quarta-feira, 23 de maio de 2012

DOGMAS DE FÉ SOBRE MARIA

Olá irmãos em Cristo,
Começamos nossa escola de ontem partilhando o evangelho de São João 17, 1-11a, onde Jesus sabendo que tinha chegado sua hora destaca sua glória junto do Pai e sua obediência aos designíos do Pai e do Seu Plano. E por fim, Ele roga a Deus por nós, seus discípulos, para que continuemos sua missão unidos a Ele assim como Ele é unido ao Pai. Isso nos lembra do lema do Jubileu de Ouro do Cursilho no Brasil: “Que todos juntos nos encontremos unidos na mesma fé” (Ef 4,12-13). Após a partilha, entramos no assunto de nossa formação da noite “Maria”, focado no entendimento dos dogmas sobre Maria.

Estiveram presente na escola: Bruno, Lorena, Aurinha, João Paulo, Antônio Gomes, Cida Souza, Sílvio, Céia, Márcio Padovani, Silvana, Alessandro, Cida Rosa, Verônica, Verediana e Luciano.


Avisos da semana:
* Aniversários
Louvamos a Deus pelas vidas de Renato Rodrigues de Souza (22/05) e Valéria de Fátima Grecco (28/05); Que Nossa Senhora da Penha os abençoe. 
 
* 4º Cursilho Misto da Arquidiocese de Vitória
Data: 17, 18 e 19 de agosto de 2012 - Projeto Santa Clara
As fichas estão disponíveis nas escolas vivenciais.
Se você deseja participar da equipe de trabalho, entre em contato com Luciano pelo email lpmurari@hotmail.com.
 

*** DOGMAS ***

Dogma são pontos fundamentais de uma doutrina ou filosofia dada como certa e indiscutível. Várias religiões possuem dogmas. Os dogmas não são grades que impedem o caminhar dos teólogos, ao contrário, são luzes no caminho de nossa fé que o iluminam e tornam seguro. Durante esses 21 séculos, 14 vezes um Papa proclamou um dogma de fé. O Dogma é uma verdade Revelada por Deus, e proposta pela Igreja à nossa fé e à nossa conduta. O Dogma pode estar contido na Bíblia ou na Tradição apostólica que não foi escrita, mas que tem para a Igreja o mesmo valor de Revelação da Bíblia; por exemplo, o Credo como é rezado não está na Bíblia, mas veio da Tradição.

A Revelação de Deus ensina que “Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4); mas, onde está esta “Verdade” que salva? O mesmo São Paulo responde: “A Igreja é a coluna da verdade” (1Tm 3, 15). É por isso que a Igreja afirma sem dúvida, várias vezes, no Catecismo, a sua infalibilidade naquilo que é essencial em termos de fé e moral.

Dogmas sobre Deus:
- A Existência de Deus
- A Existência de Deus como Objeto de Fé
- A Unicidade de Deus
- Deus é Eterno
- Santíssima Trindade

Dogmas sobre Jesus Cristo
- Jesus Cristo é verdadeiro Deus e filho de Deus por essência
- Jesus possui duas naturezas que não se transformam nem se misturam
- Cada uma das duas naturezas em Cristo possui uma própria vontade física e uma própria operação física
- Jesus Cristo, ainda que homem, é Filho natural de Deus
- Cristo imolou-se a si mesmo na cruz como verdadeiro e próprio sacrifício
- Cristo nos resgatou e reconciliou com Deus por meio do sacrifício de sua morte na cruz
- Ao terceiro dia depois de sua morte, Cristo ressuscitou glorioso dentre os mortos
- Cristo subiu em corpo e alma aos céus e está sentado à direita de Deus Pai

Dogmas sobre a Criação do Mundo
- Tudo o que existe foi criado por Deus a partir do Nada 
- Caráter temporal do mundo
- Conservação do mundo

Dogmas sobre o Ser Humano
- O homem é formado por corpo material e alma espiritual
- O pecado de Adão se propaga a todos seus descendentes por geração, não por imitação
- O homem caído não pode redimir-se a si próprio

Dogmas sobre Maria
 - A Imaculada Conceição de Maria
- Maria, Mãe de Deus
- A Assunção de Maria
- A Virgindade de Maria

Dogmas sobre o Papa e a Igreja
- A Igreja foi fundada pelo Deus e Homem, Jesus Cristo
- Cristo constituiu o Apóstolo São Pedro como primeiro entre os Apóstolos e como cabeça visível de toda Igreja, conferindo-lhe imediata e pessoalmente o primado de jurisdição
- O Papa possui o pleno e supremo poder de jurisdição sobre toda Igreja, não somente em coisas de fé e costumes, mas também na disciplina e governo da Igreja
- O Papa é infalível sempre que se pronuncia ex catedra
- A Igreja é infalível quando faz definição em matéria de fé e costumes

Dogmas sobre os Sacramentos
- O Batismo é verdadeiro Sacramento instituído por Jesus Cristo
- A Confirmação é verdadeiro e próprio Sacramento
- A Igreja recebeu de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos após o Batismo
- A Confissão Sacramental dos pecados está prescrita por Direito Divino e é necessária para a salvação
- A Eucaristia é verdadeiro Sacramento instituído por Cristo
- Cristo está presente no sacramento do altar pela Transubstanciação de toda a substância do pão em seu corpo e toda substância do vinho em seu sangue
- A Unção dos enfermos é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo
- A Ordem é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo
- O matrimônio é verdadeiro e próprio Sacramento

Dogmas sobre as Últimas Coisas (Escatologia)
- A Morte e sua origem
- O Céu (Paraíso)
- O Inferno
- O Purgatório
- O Fim do mundo e a Segunda Vinda de Cristo
- A Ressurreição dos Mortos no Último Dia
- O Juízo Universal


*** DOGMAS DE FÉ SOBRE MARIA ***

MARIA MÃE DE DEUS
Ao confessar que Maria é “Mãe de Deus”, a Igreja professa com uma única expressão a sua fé acerca do Filho e da Mãe e com a definição da maternidade divina de Maria. A expressão “Mãe de Deus” remete ao Verbo de Deus que, na Encarnação, assumiu a humildade da condição humana, para elevar o homem à filiação divina.

Vários autores comentam o fato da veracidade da Igreja na afirmação da maternidade divina fazendo o seguinte raciocínio:
“Nosso Senhor morreu como homem na Cruz (pois Deus não morre), mas nos redimiu como Deus, pelos seus méritos infinitos. Ora, as naturezas humanas de Nosso Senhor e a natureza divina não podem ser separadas, pois a Redenção não existiria se nosso Senhor tivesse morrido apenas como homem. Logo Nossa Senhora, Mãe de Nosso senhor, mesmo não sendo mãe da divindade, é Mãe de Deus, pois Nosso Senhor é Deus. Se negarmos a maternidade de nossa senhora, negaremos a redenção do gênero humano ou cairemos no absurdo de dizer que Deus é mortal.”

Na sagrada tradição da Igreja os Apóstolos de Cristo já se manifestavam com a maternidade divina de Maria:

Vejamos o que diz o Apóstolo Santo André: “Maria é Mãe de Deus, resplandecente de tanta pureza, e radiante de tanta beleza, que, abaixo de Deus, é impossível imaginar maior, na terra ou no céu”. (Sto Andreas Apost. in trasitu B. V., apud Amad.)

 Veja agora o testemunho de São João Apóstolo: “Maria, é verdadeiramente Mãe de Deus, pois concebeu e gerou um verdadeiro Deus, deu a luz, não um simples homem como as outras mães, mas Deus unido a carne humana.” (S. João Apost. Ibid).

Mesmo teólogo de outros religiões também afirmaram a veracidade desse dogma.

“Não há honra, nem beatitude, que se aproxime sequer, por sua elevação, da incomparável prerrogativa, superior a todas as outras, de ser a única pessoa humana que teve um Filho em comum com o Pai Celeste” (Martinho Lutero – Deutsche Schriften, 14,250).

“Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus.” (Calvino – Comm. Sur I’Harm. Evang., 20).


A ASSUNÇÃO DA VIRGEM MARIA
O Dogma da Assunção tem como referência a Mãe de Deus, que logo após sua vida terrena foi levada em corpo e alma à Glória Celestial.

Este Dogma foi proclamado pelo Para Pio XII, em 1º de novembro de 1950, na Constituição Munificentisimus Deus:
“Depois de elevar a Deus muitas reiteradas preces e invocar a Luz do Espírito da Verdade para a Glória de Deus onipotente, que outorga a Virgem Maria sua benevolência, para honra de seu filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte, para aumentar a glória da mesma Mãe Augusta e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta de corpo e alma à Glória dos Céus”.

A importância da Assunção para nós, homens e mulheres do começo do Terceiro Milênio da Era Cristã, tem como efeito a relação que existe entre a Ressurreição de Cristo e a nossa. A presença de Maria, mulher da nossa raça, ser humano como nós, se encontra entre a ressurreição de Cristo e a nossa, isto é: uma antecipação de nossa própria ressurreição.

O Papa João Paulo II, em uma de suas catequeses sobre a Assunção, explica o mesmo nos seguintes termos: “O Dogma da Assunção afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos será no fim do mundo, para Maria a glorificação de seu corpo se antecipou por privilégio único” (JP II, 2-julho-1997).

“Contemplando o mistério da Assunção da Virgem, é possível compreender o plano da Providência Divina com respeito à humanidade: depois de Cristo encarnado, Maria é a primeira criatura humana que realiza o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade, prometida aos escolhidos mediante da ressurreição dos corpos”. (JP II, Audiência Geral de 9 de julho de 1997).

Continua o Papa: “Maria Santíssima nos mostra o destino final daqueles que ‘escutam a palavra de Deus e a cumprem’ (Lc. 11,28). Estimula-nos a elevar nosso olhar às alturas, onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde está também a humilde serva de Nazaré, em sua glória celestial” (JP II, 15-agosto-1997).

A IMACULADA CONCEIÇÃO
Uma dos dogmas da Igreja mais mal compreendidos hoje em dia é o da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria.

Ao contrário do que muitos pensam, não é o fato de Jesus ter nascido sem que Nossa Senhora perdesse a virgindade; isso é a Virgindade Perpétua de Nossa Senhora, não sua Imaculada Conceição. A Imaculada Conceição é o fato de nossa Senhora ter sido concebida sem Pecado Original, não tendo jamais pecado nem tido vontade de pecar.

O Pecado Original é aquilo que herdamos de nossos pais, e eles de seus pais, etc., até Adão. Desde que Adão e Eva escolheram dizer “não” a Deus, pecando por soberba ao quererem ser deuses no lugar de Deus, seus descendentes carregam esta “doença genética”, transmitida de pai para filho. Os efeitos do Pecado Original são: na alma a tendência a fazer o mal e a inimizade para com Deus; no corpo a doença, velhice, e finalmente a morte. Nossa Senhora foi salva no instante mesmo de sua concepção, no instante em que a alma criada por Deus era infusa no embrião gerado naquele instante de maneira totalmente normal por S. Joaquim e Sant’Ana, os pais da Santíssima Virgem. Ela foi preservada do Pecado Original, sendo salva não da maneira comum (pelo Batismo), mas de maneira tal que a preservou de cometer pecados ou sequer desejar cometê-los, ficar jamais doente, etc.

Isto era necessário, por uma razão muito simples: Deus a preparou, a “planejou”, por assim dizer, desde a queda de Adão para carregar a Deus em seu ventre (Gn 3,15). Seu Filho não era um menino qualquer que depois “virou Deus”; Ele era, Ele é Deus desde sempre. A partir de Sua concepção na Virgem Maria pelo Espírito Santo (Lc 1,31), Ele tomou a nossa natureza humana, sem perder a Sua natureza divina, e a segunda Pessoa da Santíssima Trindade fez-se homem; “O Verbo se fez Carne, e habitou entre nós” (Jo 1,14).

Vemos como A Santíssima Virgem foi preservada do Pecado Original também em Lc 1,28, quando o Anjo Gabriel chega a Nossa Senhora e a saúda com as palavras “Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres“. Como alguém que fosse um escravo do demônio, alguém que peca e tornará a pecar, poderia ser “cheia de graça”? Além disso, a reação de Nossa Senhora também é muito diferente da reação, que pode ser vista no mesmo capítulo, de Zacarias à chegada de um anjo: enquanto Nossa Senhora não se assusta nem um pouquinho, e medita sobre as palavras que o anjo disse, Zacarias fica perturbado e com medo antes mesmo do anjo falar. O que Zacarias faz não é estranho; é essa a reação de todos os que, carregando em seu corpo e em sua alma o Pecado Original, veem-se face-a-face com um anjo; podemos ver, por exemplo, que esta é a mesmíssima reação que têm os pastores a quem o anjo anuncia o nascimento de Cristo (Lc 2,9).


MARIA SEMPRE VIRGEM
A Igreja tem constantemente manifestado a própria fé na virgindade perpétua de Maria. Os textos mais antigos, quando se referem à concepção de Jesus, chamam Maria simplesmente Virgem”, deixando, contudo, entender que consideravam essa qualidade como um fato permanente, referido à sua vida inteira.

Os cristãos dos primeiros séculos expressaram essa convicção de fé mediante o termo grego aeiparthenos – “sempre virgem” – criado para qualificar de modo singular e eficaz a pessoa de Maria, e exprimir numa só palavra a fé da Igreja na sua virgindade perpétua. Encontramo-lo usado no segundo símbolo de fé de Santo Epifânio, no ano 374, em relação à Encarnação: o Filho de Deus “encarnou-Se, isto é, foi gerado de modo perfeito pela Santa Maria, a sempre Virgem, por obra do Espírito Santo” (Ancoratus, 119,5; DS 44).

A expressão “sempre Virgem” é retomada pelo II Concílio de Constantinopla (553), que afirma: o Verbo de Deus, “tendo-Se encarnado da santa gloriosa Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, nasceu dela” (DS 422). Esta doutrina é confirmada por outros dois Concílios Ecumênicos: o Lateranense IV (1215) (DS 801) e o Concílio de Lião (1274) (DS 852), e pelo texto da definição do dogma da assunção (1950) (DS 3903), no qual a virgindade perpétua de Maria é adotada entre os motivos da sua elevação, em corpo e alma, à glória celeste.

Mediante uma fórmula sintética, a tradição da Igreja apresentou Maria como “virgem antes do parto, no parto, e depois do parto”, reafirmando, através da indicação destes três momentos, que ela jamais cessou de ser virgem. Das três, a afirmação da virgindade “antes do parto”, é, sem dúvida, a mais importante, porque se refere à concepção de Jesus e toca diretamente o próprio mistério da Encarnação. Desde o início ela está constantemente presente na fé da Igreja.

A virgindade “no parto” e “depois do parto”, embora contida implicitamente no título de virgem, atribuído a Maria já nos primórdios da Igreja, torna-se objeto de aprofundamento doutrinal no momento em que alguns começam implicitamente a pô-la em dúvida. O Papa Ormisdas esclarece que “o Filho de Deus Se tornou filho do homem, nascido no tempo como um homem, abrindo no nascimento o seio da Mãe (cf. Lc 2, 23) e, pelo poder de Deus, não destruindo a virgindade da Mãe” (DS 368). A doutrina é confirmada pelo Concílio Vaticano II, no qual se afirma que o Filho primogênito de Maria “não só não lesou a sua integridade virginal, mas antes a consagrou” (LG 57). Quanto à virgindade depois do parto, deve-se antes de tudo observar que não há motivos para pensar que a vontade de permanecer virgem, manifestada por Maria no momento da Anunciação (Lc 1,34), tenha sucessivamente mudado. Além disso, o sentido imediato das palavras: “Mulher, eis aí o teu filho”, “Eis aí a tua Mãe” (Jo 19,26-27), que Jesus da cruz dirige a Maria e ao discípulo predileto, faz supor uma situação que exclui a presença de outros filhos nascidos de Maria. Os negadores da virgindade depois do parto pensaram encontrar um argumento comprovante no termo “primogênito”, atribuído a Jesus no Evangelho (Lc 2,7), como se essa locução deixasse supor que Maria tenha gerado outros filhos depois de Jesus. Mas a palavra “primogênito” significa literalmente “Filho não precedido por outro” e, em si, prescinde da existência de outros filhos. Além disso, o evangelista ressalta esta característica do Menino, pois ao nascimento do primogênito estavam ligadas algumas importantes observâncias próprias da lei judaica, independentemente do fato que a Mãe tivesse dado à luz outros filhos. Todo o filho único estava, pois, sob essas prescrições porque “o primeiro a ser gerado” (cf. Lc 2,23).

Alguns, para negar a virgindade de Maria depois do parto, usam o textos evangélicos que recordam a existência de “quatro irmãos de Jesus: Tiago, José, Simão e Judas (Mt 13, 55-56; Mc 6,3) e suas irmãs”.

Mas, como é fato conhecido, tanto em hebraico como em aramaico, não exitie um termo para exprimir a palavra “primo”. Se analizarmos as escrituras, vemos vários exemplos: Em Gn 13,8 Abraão chama Ló de irmão, porém em Gn 12, 4-5 fica claro que Ló era sobrinho de Abraão. Podemos ver também isso entre Labão e Jacó analizando os textos  Gn 29,15; Gn 28,1-2; Gn 25,21-25;  Gn 24,29 e Gn 29,12.

Para saber que são esses quatro basta ler os textos evangélicos Mateus 27,56: Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu. Depois Marcos 15,40 : Estavam ali também algumas mulheres olhando de longe; entre elas Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago Menor e de Joset, e Salomé. E ainda ler João 19,25: Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena.

Por aí se vê que a mesma Maria que é apresentada por São João como tia de Jesus (Irmã de sua mãe) é apresentada por São Mateus e São Marcos como mãe de TIAGO MENOR E de José. E é claro que não se trata de Maria Salomé, que é a mãe dos filhos de Zebedeu e, portanto, é mãe de Tiago Maior.

Tiago Menor e José são, portanto, PRIMOS de Jesus e são os primeiros que. encabeçam aquela lista: TIAGO, JOSÉ, JUDAS E SIMÃO.

Para se ter mais uma prova, basta olhar o livro de Judas quer era irmão de Tiago, ele começa assim: "Judas, servo de Jesus Cristo e IRMÃO  de Tiago”. Ele diz servo de Jesus e irmão de Tiago.

Além disso, Maria estava sozinha aos pés da Cruz, tanto que Jesus a entregou para ser cuidada por João. Se um daqueles quatros fosse filho de Maria, Jesus não precisava entrega-la aos cuidados de João.

Fica claro então, que Maria nunca teve outro filho, pois ela era, e sempre será Virgem.

Hoje, dia 23 de maio: São Juliano e São João Batista de Rossi; rogai por nós!