quarta-feira, 4 de maio de 2011

OS SANTOS

Olá irmãos em Cristo Jesus,
Essa semana nossa escola estudou sobre os santos. Estiveram presente: Alessandro, Ana Maria, André, Cida Souza, João Paulo, Lorena, Luciano, Márcio Padovani, Paula e  Silvana.

1 – QUEM FORAM OS SANTOS?

Foi alguém que na terra praticou a bondade heróica em todas as suas ações. Um homem ou uma mulher não é canonizado por ter uma só virtude. Não é suficiente que ele não tenha faltas salientes. Mesmo uma pequena fraqueza é uma grande falta num santo. Um santo tem um controle perfeito de todas as virtudes. O santo não faz da sua vida espetáculo. Começa pelas virtudes sólidas, comuns da vida cristã, e depois as desenvolve até um grau extraordinário.
Os santos não foram pessoas raras e especiais que viveram numa só terra ou numa só época particular. Pertencem a todas as épocas e a todas as nacionalidades. São Policarpo, natural da Ásia Menor, viveu no século II; já São Pio X foi um italiano e um Papa do século XX. E os quatro homens que são chamados os Padres do Ocidente, a saber: Santo Agostinho, São Jerônimo, Santo Ambrósio e São Gregório Magno, eram respectivamente da África do Norte, da antiga Iugoslávia e da Itália, e viveram entre os séculos quarto e sexto. Santa Francisca Cabrini era uma freira italiana que fundou hospitais em Nova York e em Chicago. Houve mártires em Nagassaki, no Japão, e padres na Rússia, que foram declarados santos pela Igreja Católica.
No evangelho de S. Mateus (22, 30), Jesus Cristo ensina que os "santos são como os anjos de Deus no céu". Zacarias diz: "que o anjo intercedeu por Jerusalém ao Senhor dos exércitos" (1, 12 -13).
Os justos, os santos e os anjos do Céu se interessam pelos homens, intercedem pelos homens, e devem ser invocados e louvados.
O arcanjo Rafael diz a Tobias: "Quando rezavas com lágrimas, e sepultavas os mortos, eu oferecia tua oração a Deus" (Tob. 7, 12) (Os protestantes tiraram esse livro).
S. Paulo, na mesma carta em que declara Jesus como único mediador entre Deus e os homens, indica também mediadores 'secundários' (I Tm 2, 1-5): "Recomenda que façam preces, orações, súplicas e ações de graças por todos os homens..." Pois, fazer orações por outros, é de fato, ser intercessor e mediador entre Deus e os outros.
Quando a Sagrada Escritura diz que Nosso Senhor é o único caminho entre os homens e Deus, não quer dizer que entre os homens e Nosso Senhor não possa haver intercessores. É claro, só Nosso Senhor é o intercessor entre nós e Deus Pai, mas não significa que entre nós e Ele não existam pessoas que O conheceram, amaram e serviram de forma exemplar.

2 – ORIGEM

A Igreja desde os primeiros séculos reconhecia os mártires como santos (a exemplo de Estevão, considerado o primeiro mártir da Igreja). Ser um mártir da fé era um critério que não deixava dúvidas se uma pessoa devia ser considerada santa, isto é, um modelo na fé, um herói em Cristo e que estava no céu.
Como os católicos hoje, os cristãos dos primeiros séculos eram acusados de idolatria por venerarem os Santos. Mas, em vez dos grupos heréticos (que tanto se difundiram após o século XVI), quem propagava esta mentira era o rabinismo judaico, isto é, os judeus que não abraçaram a fé cristã.
Um exemplo que podemos citar na própria Escritura é a canonização de Estevão. Diz a Escritura que era homem cheio do Espírito Santo (cf. At 6,8). Quando foi martirizado em nome da Fé em Cristo, viu a Glória do Cristo e pediu ao Senhor que recebesse o seu espírito (cf. At 7,55-59). Será que Estevão não foi para o céu? Claro que sim! E foi considerado santo pelo próprio apóstolo Paulo (cf. At 22,20), que assistiu a pregação de Estevão e corroborou com a sua morte. E o bom ladrão que reconheceu Cristo como seu Salvador e que o próprio Senhor lprometeu levá-lo ao paraíso (Lc 23,43), por acaso não é outro exemplo de canonização feita pela própria Escritura?

3 – INTERECESSÃO

"Pelo fato que os do céu estão mais intimamente unidos com Cristo, consolidam mais firmemente a toda a Igreja na santidade... Não deixam de interceder por nós ante o Pai. Apresentam por meio do único Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, os méritos que adquiriram na terra... Sua solicitude fraterna ajuda, pois, muito a nossa debilidade." (CIC 956)
Por tanto para a Igreja Católica, os santos intercedem por nós junto ao Pai, não pelos seus méritos, mas pelos méritos de Cristo Nosso Senhor, o único Mediador entre Deus e os homens.
1TM 2,1-8


4 – CANONIZAÇÃO

Em 993 o Papa João XV procedeu à primeira canonização formal. Isto quer dizer que doravante não valeria mais a aclamação de um Santo por parte do povo de Deus, aprovada pelo Bispo local. O Papa atribuía exclusivamente a si a função de canonizar os Santos - o que se faria após meticuloso processo ou exame dos respectivos indícios de santidade, a fim de se evitarem equívocos por parte do entusiasmo das massas de fiéis. O primeiro Santo assim canonizado foi Santo Ulrico, Bispo de Augsburgo (Baviera), falecido em 973. Nessa ocasião (em 993) João XV endereçou a encíclica Cum conventus esset aos Bispos da Alemanha e da Gália, em que realça dois importantes princípios da veneração dos Santos:

Por canonização (= consignação no cânon ou no catálogo) entende-se a sentença definitiva pela qual o Sumo Pontífice declara estar algum servo de Deus na glória celeste e permite que lhe seja consequentemente prestada pública veneração.

Da canonização distingue-se a beatificação, ato pelo qual o Sumo Pontífice permite seja tributado culto público a um servo de Deus em certa região ou certa família religiosa (excepcionalmente na Igreja universal).

O fato de um pessoa ter sido beatificada não significa que na sua morte ela não passou pelo Purgatório e foi direto para o Céu, Significa que não está no Inferno.

Processo de Canonização
Segundo a Constituição Divinus perfectionis Magister e a instrução Sanctorum Mater, ao bispo diocesano ou autoridade da hierarquia a ele equiparada, de iniciativa própria ou a pedido de fiéis, é a quem compete investigar sobre a vida, virtudes ou martírio e fama de santidade e milagres atribuídos e, se considerar necessário, a antiguidade do culto da pessoa cuja canonização é pedida. Nesta fase a pessoa investigada recebe o tratamento de "Servo de Deus" se é admitido o início do processo.
Haverá um postulador que deverá recolher informações pormenorizadas sobre a vida do Servo de Deus e informar-se sobre as razões que pareceriam favorecer a promoção da causa da canonização. Os escritos que tenham sido publicados devem ser examinados por teólogos censores, nada havendo neles contra a fé e aos bons costumes, passa-se ao exame dos escritos inéditos e de todos os documentos que de alguma forma se refiram à causa. Se ainda assim o bispo considerar que se pode ir em frente, providenciará o interrogatório das testemunhas apresentadas pelo postulador e de outras que achar necessário.
Em separado se faz o exame do eventual martírio e o das virtudes, que o servo de Deus deverá ter praticado em grau heróico (fé, esperança e caridade; prudência, temperança, justiça, fortaleza e outras) e o exame dos milagres a ele atribuídos. Concluídos estes trabalhos tudo é enviado a Roma para a Congregação da Causa dos Santos.
Para tratar das causas dos santos existem, na Congregação para a Causa dos Santos, consultores procedentes de diversas nações, uns peritos em história e outros em teologia, sobretudo espiritual, há também um Conselho de médicos. Reconhecida a prática das virtudes em grau heróico o decreto que o faz declara o Servo de Deus "Venerável".
Havendo apresentação de milagre este é examinado numa reunião de peritos e se se trata de curas pelo Conselho de médicos, depois é submetido a um Congresso especial de teólogos e por fim à Congregação dos cardeais e bispos. O parecer final destes é comunicado ao Papa, a quem compete o direito de decretar o culto público eclesiástico que se há de tributar aos Servos de Deus. A Beatificação portanto, só pode ocorrer após o decreto das virtudes heróicas e da verificação de um milagre atribuído à intercessão daquele Venerável.
O milagre deve ser uma cura inexplicável à luz da ciência e da medicina, consultando inclusive médicos ou cientistas de outras religiões e ateus. Deve ser uma cura perfeita, duradoura e que ocorra rapidamente, em geral de um a dois dias. Comprovado o milagre é expedido um decreto, a partir do qual pode ser marcada a cerimônia de beatificação, que pode ser presidida pelo Papa ou por algum bispo ou cardeal delegado por ele.
Caso a pessoa em causa já tenha o estatuto de beato e seja comprovado mais um milagre pela Igreja, em missa solene o Santo Padre ou um Cardeal por ele delegado declarará aquela pessoa como Santa e digna de ser levada aos altares e receber a mesma veneração em todo o mundo, concluindo assim o processo de Canonização.

5 – VENERAÇÃO / IMAGEM

Nos séculos VIII/IX foi debatida a questão das imagens (iconoclasmo). O objeto da controvérsia eram principalmente as imagens de Jesus Cristo; só acidentalmente foram abordadas as imagens dos Santos e, conseqüentemente, o culto dos Santos. - O Concílio Ecumênico de Nicéia II (787) declarou lícito o uso de imagens sagradas: a estas se presta um culto relativo à pessoa ou às pessoas representada(s) pelas imagens. Tal culto em relação aos Santos é de veneração (dulia) e não de adoração (latréia), que compete a Deus só.

Na Sagrada Escritura há outras passagens que condenam a confecção de imagens como, por exemplo: Lv 26,1; Dt 7,25; Sl 97,7 e etc. Mas também há outras passagens que defendem sua confecção como: Ex 25,17-22; 37,7-9; 41,18; Nm 21,8-9; 1Rs 6,23-29.32; 7,26-29.36; 8,7; 1Cr 28,18-19; 2Cr 3,7,10-14; 5,8; 1Sm 4,4 e etc.

A estas asserções o Concílio de Trento respondeu tanto na Profissão de Fé Tridentina (13/11/1564, D. -S. 1867 [998]) como no "Decreto sobre a Invocação, a Veneração e as Relíquias dos Santos e as Imagens Sagradas" (3/12/1563). Este último afirma seis pontos:

1) Os Santos, que reinam com Cristo, oram pelos homens;
2) Invocá-los e implorar a sua intercessão é coisa boa e útil;
3) No entanto, Cristo fica sendo o único Redentor;
4) Os benefícios em resposta à oração vêm de Deus através de seu Filho (a Deo per Filium).
O Concílio ainda exortou os Bispos a que instruíssem os fiéis conforme a Tradição da Igreja e impedissem os abusos existentes:
5) A veneração das relíquias se justifica pelo fato de que os corpos dos Santos eram templos do Espírito Santo e serão ressuscitados para a vida eterna;
6) Às imagens dos Santos prestem-se honra e veneração, tendo-se em vista Aquele ou aquele(a)s que tais imagens representam. A veneração das imagens estimula o agradecimento a Deus e a imitação dos heróis da fé (ver D. -S., Enquirídio n.º 1821-1825 [984-988]).

A escola deseja feliz aniversário à Emílio Sant'Ana Pereira (04/05), Fernanda Vieira Rosa (02/05). Que Nossa Senhora da Penha abençoes essas nossas irmãs. Parabéns!

Oração ao Beato João Paulo II
Ó Trindade Santa, nós Vos agradecemos por ter dado à Igreja o Beato João Paulo II e por ter feito resplandecer nele a ternura da vossa Paternidade, a glória da cruz de Cristo e o esplendor do Espírito de amor.
Confiando totalmente na vossa infinita misericórdia e na materna intercessão de Maria, ele foi para nós uma imagem viva de Jesus Bom Pastor, indicando-nos a santidade como a mais alta medida da vida cristã ordinária, caminho para alcançar a comunhão eterna Convosco. Segundo a Vossa vontade, concedei-nos, por sua intercessão, a graça que imploramos, na esperança de que ele seja logo inscrito no número dos vossos santos. Amém.
Video - Papa João Paulo II - Santos de nossos dias! 

Hoje, dia 04 de mario de 2011: São Floriano e São Ciríaco, rogai por nós!

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