terça-feira, 11 de junho de 2013

PERSPECTIVA DO MCC HOJE - 2ª PARTE

"Por onde andardes, anunciai que o Reino dos céus está próximo."
Mt 10,7 

Olá irmãos cursilhistas,
continuamos esse semana na Escola Vivencia nosso estudo sobre as Perpectiva do MCC de Hoje.

Estiveram presente: Aleida, Patrícia, Maria Cristina, Regina, Heliane, Juviani, Rodrigo, José Angelo, Paulo, Hilda, Márcio, Lunélia e Luciano.



PERSPECTIVA DO MCC HOJE - 2ª PARTE


1- O que é Cursilho? 
O Movimento de Cursilhos de Cristandade é um movimento de Igreja que, mediante um método próprio, possibilita a vivência do fundamental cristão, ajuda a descobrir e a realizar a vocação pessoal, criando núcleos de cristãos, que irão fermentar de Evangelho os ambientes. 

2 - O que é um movimento? 
Os movimentos são formas associativas de participação na vida da Igreja e na sua missão. Na atualidade, milhões de católicos vivem sua pertença à Igreja segundo as novas formas associativas.

Encontramos, por exemplo, Focolares, Comunhão e Libertação, Caminho Neo-Catecumenal, Renovação Carismática Católica e Movimeno de Cursilhos de Cristandade. 

O fenômeno dos movimentos tem suas raízes já na época anterior ao Concílio Vaticano II. Os textos conciliares favoreceram o crescimento dessas experiências e abriram as portas para novas. Isso está explícito na Constituição Dogmática Lumen gentium (cap. IV), na Gaudium et spes (n. 43) ou na Presbyterorum ordinis (n. 8) e, sobretudo, no decreto sobre o apostolado dos leigos, Apostolicam actuositatem. 

No pontificado do Papa Paulo VI (1963-1978) surgem novos movimentos que, paulatinamente, vão sendo acolhidos pela autoridade eclesiástica. Grande incentivo receberão os movimentos no pontificado do Papa João Paulo II, já manifestado em sua primeira Carta Encíclica Redemptor hominis quando assinala que “um idêntico espírito de colaboração e de co-responsabilidade [...] se difundiu também entre os leigos, não apenas confi rmando as organizações de apostolado laical já existentes, mas criando outras novas, que não raro se apresentam com um aspecto diferente e uma dinâmica especial” (RH, n. 5). De fato, nos primeiros anos de pontificado, o Papa João Paulo II promove encontros dos movimentos e os reconhece como “um dos frutos mais belos da vasta e profunda renovação espiritual promovida pelo último Concílio” (Encontro com os Movimentos, em Rocca di Papa, 1987). Já anteriormente, num Encontro da Igreja italiana, em Loreto, realizado em abril de 1985, o Papa definira os movimentos como “canal privilegiado para a formação e promoção de um laicato ativo e consciente do próprio papel na Igreja e no mundo”. 

Concílio Vaticano II: “Respeitada a devida relação com a autoridade eclesiástica, os leigos têm o direito de fundar associações, dirigi-las e se inscreverem nas existentes” (AA, n. 19). Tratase de uma liberdade reconhecida e garantida pelo próprio direito, mas que deve ser exercida sempre e somente na comunhão da Igreja, em benefício do Povo de Deus. 

3 - Um olhar sobre o passado. 
Respondendo ao apelo de cada tempo, Deus se manifesta através do Espírito Santo, suscitando pessoas, documentos, instituição, profetas e santos. E respondendo a esse apelo de um mundo que estava de costa para Deus, surge o Movimento de Cursilhos, na Espanha por volta de 1949. 

4 – O Contexto Sócio-Político-Econômico 
No Brasil o cursilho chega em 1962, numa época onde o contexto sócio-político era de tensão e medo. Nesse contexto foi realizado na semana santa de 1962 na cidade de Valinhos-SP, o 1º Cursilho no Brasil, direcionado aos imigrantes espanhóis e logo depois um cursilho em Mogi das Cruzes(SP) para brasileiro. 

No nascer do cursilho no Brasil, o país entra em 1964 numa ditadura militar, onde havia restrições a reuniões, encontros, grupos. Muitos cristãos (sacerdotes e leigos) deram a vida em defesa do povo que sofria. 

5 – O Contexto Religioso e os Cursilhos 
No contexto religioso, vivíamos numa igreja de hierarquia acima que mandava e o leigo bem abaixo obedecia. O cursilho chega como a grande novidade, porém apesar de começar a abrir muitas portas para o leigo, continuava vigente a mentalidade de que o leigo, quando muito, podia fazer uma leitura durante as celebrações. 

6 – O Concílio Vaticano II
No contexto mundial, a Igreja vivia um novo sopro do Espírito Santo. Em 25 de dezembro de 1961, o papa João XXII convocava o Concílio Vaticano II que iniciaria em 11 de outubro de 1962 e terminaria em outubro de 1965.

Nascia novos documentos, nova mentalidade e renovação religiosa. E o Brasil começava a trabalhar essa nova mentalidade. 

A Igreja do Brasil, a pedido do Papa João XXIII, em 1961, elabora seu primeiro Plano Pastoral. Vivia-se um grande entusiasmo pela renovação de mentalidade religiosa católica no povo brasileiro. Começar a surgir, por influência do Concílio, um novo conceito de fiel católico: Povo de Deus. E o termo evangelização despontava. 

A partir dos cursilhos surgiu um novo entusiasmo, uma nova vibração na vida dos cristãos que participavam dos retiros. Passava-se de uma igreja fria, racional para uma igreja mais humana, mais vibrante e participativa. 

7 – O MCC e o Vaticano II
O cursilho no Brasil começou a viver aos poucos o impacto do Vaticano II e empregaram grande esforço para atualizar o MCC sem renunciar seu carisma e sua identidade. Porém não foi fácil, em muitas partes, o cursilho não caminhou em unidade, muitos não acompanharam as mudanças que nascia e recusava a se atualizar. 

8 – O MCC do Brasil e o Estatuto Canônico do MCC 
O reconhecimento canônico do Estatuto do MCC pelo Pontifício Concelho de Leigo da Santa Sé se deu em 2004, quando o Brasil era a sede do organismo mundial. O Brasil teve um intenso e exaustivo trabalho para isso acontecer. Muitas Dioceses celebraram conosco e seus Bispos felizes por terem acolhido um movimento que a Santa Sé reconhecia oficialmente. 


Biografia: Subsídios Doutrinais 03 - CNBB 
Do Jubileu para um novo Pentesco – Roteiro de Estudo (Escolas Vivenciais e Assembleias ) – MCC do Brasil

11 de junho: São Barnabé, Santa Paula Frassinetti; rogai por nós!

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