quarta-feira, 13 de junho de 2012

NÚCLEOS DE COMUNIDADES AMBIENTAIS

Caríssimos irmãos em Cristo,
Nossa escola essa semana fez uma formação sobre "Núcleo de Comunidades Ambientais - NCA" usando com subsídio o livro "Fundamentos do MCC - 1ª Edição" do MCC do Brasil.
Estiveram presente: Silvana, Cida Souza, Sílvio, Céia, Gomes e Luciano.


Anivesários:
Desejamos felicidades para: Mariana Tebaldi Pessanha (05/06), Lilia da Silva Theodoro (09/06),  Jane Santana Pelissari França (11/06),  Albertone Sant´Ana Pereira (15/06); Que Nossa Senhora da Penha os abençoe.



Dom Joaquim Wladimir, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Vitória,

*** Os núcleos de comunidades ambientais – NCA ***

104. O núcleo – conforme já explicado na primeira parte deste livro – é um grupo de cristãos do mesmo ambiente ou área de atividade humana, sobretudo de ambientes extra-eclesiais que, comprometidos pelo Batismo com o Plano de Deus, com seu Reino e com Seguimento de Jesus, assume sua vocação específica nas realidades terrestres. Através de sua presença, o núcleo torna os ambientes mais visivelmente marcados pelos valores do Reino de Deus e pelos critérios proclamados por Jesus, no Evangelho.

105. A ação dos núcleos nos ambientes caracteriza-se por ser uma ação transformadora, de acordo com os postulados da nova evangelização. Trata-se de uma ação que parte de dentro: “Evangelizar, para a Igreja, é levar a Boa Nova a todas as parcelas de humanidade em qualquer meio e latitude, e pelo seu influxo transformá-las a partir de dentro e tornar nova a própria humanidade...” Em situações concretas de ruptura do Plano de Deus e do distanciamento dos critérios do Reino refletidas nos ambientes que compõem a sociedade, os núcleos de cristãos ali presentes assumem seu papel de fermento transformador.

106. De fato, os sinais de morte presentes nas realidades estruturais e ambientais da sociedade de hoje são muito mais frequentes que os sinais da vida queridos por Deus. A cultura contemporânea tem acentuado de tal forma esses senais, que o Papa Paulo VI não hesita em afirmar que cabe à Igreja “modificar, pela força do Evangelho os critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade que se apresentam em contrate como a Palavra de Deus e com o desígnio da salvação”. O ódio, a violência, a injustiça, o consumismo exacerbado, a tecnologia sem ética, o progresso sem moral, a marginalização e a falta de perdão permeiam as relações em âmbito planetário, nacional ou familiar. Tanto os sistemas como as estruturas e os ambientes das relações humanas se deterioram e se distanciam do Reino de Deus quando perdem de vista os 'sinais de vida' que devem caracterizá-los.

107. Ao aceitar os desafios de um mundo e de uma cultura em acelerado processo de desenvolvimento humano e tecnológico; um mundo secularizado e autônomo, a Igreja e, consequentemente, o MCC estão conscientes da importância das pequenas comunidades inseridas na grande comunidade dos homens. Por isso, designam-se os núcleos de cristãos presentes nos ambientes como núcleo de comunidades ambientais (NCA). O conceito de “comunidade” refere-se, aqui, tanto aos núcleos como aos ambientes: aos primeiros porque devem ser uma “pequena comunidade” ativa e “contagiantes” de cristãos; aos segundos, porque já são uma comunidade natural de pessoa. Nesse contexto, organizar-se em NCA e atuar como fermento, sal e luz significa, para os cristãos engajados, assumir compromissos e optar, preferencialmente, mais pelos riscos do que pelas glórias de ser cristão.

108. Percebe-se, portanto, que se busca, através do NCA, uma prática comunitária e comprometida do cristianismo e do seguimento de Jesus, desenvolvendo um sentido mais profundo de corresponsabilidade na evangelização. O crescimento individual, de fato, só encontra sua razão de ser, na Igreja de hoje, ao ser posto num contexto comunitário e na ação concreta do cristão que, solidário com seus irmãos, assume a transformação da ordem temporal. É no contado com as realidades, ali trabalhando pela implantação da justiça, da solidariedade, da fraternidade e do perdão, juntamente com os demais, que o cristão vai processando sua conversão integral e progressiva, desenvolvendo uma espiritualidade encarnada e, por isso mesmo, sendo agente eficaz da transformação e de libertação.

109. Dessa descrição do que seja um NCA, pode-se depreender que ele deve ser constituído por cristãos que, preparados no PRÉ e tendo passado pelo CUR, resolvem assumir compromissos efetivos com o Plano de Deus, com seu Reino e com o Seguimento de Jesus. Os efeitos de sua presença no ambiente familiar, profissional, social ou geográfico, poderão manifestar-se, também, pela agregação ao NCA de cristãos não pertencentes ao MCC, mas que anseiam por um mundo mais justo e mais humano. Serão esses, aliás, os melhores candidatos a evangelizadores, suposta a convicção – em todos os cursilhistas – de que o MCC busca evangelizadores.

110. O primeiro passo para que comece a existir um NCA está na definição dos ambientes prioritários a evangelizar, feita em conjunto e em comunhão com a Coordenação Pastoral Diocesana. Isso condiciona, também, a escolha dos candidatos para o MCC: daquilo que se pretende no PÓS depende a escolha dos “agentes” no PRÉ. Educação, Saúde, Justiça, Funcionalismo, Indústria, Política, Mundo do Trabalho e da Cultura (no sentido estrito) poderão se ambientes ou áreas prioritárias para a ação evangelizadora da Diocese e, portanto, do MCC.

111. O segundo passo é suscitar nos que passam pelo CUR ou nos ainda candidatos, consciência de sua responsabilidade. Essa responsabilidade não se restringe à necessidade de ser um “bom cristão” (comum a todos os batizados), mas de ser agente de transformação evangélica das realidades (respeito às pessoas, à sua liberdade e aos seus direitos fundamentais; luta pela justiça, etc.).

112. O terceiro passo é a organização de encontro para reflexão, retiros, dias de formação para ambientes específicos, etc. Como resultado provável, duas ou três pessoas do mesmo ambiente, conscientizadas, passam a reunir-se e planejar sua “presença ambiental”, ou seja, já passam a ser uma comunidade missionária.


113. Nessa ordem de reflexão, pode-se perceber que um NCA não tem por prioridade funcionar, mas existir. O fermento, o sal e a luz se tornam evidentes não porque funcionam, mas porque exitem. Funcionar pode significar “entrar em esquemas”, enquanto existir identifica a espontaneidade e a liberdade de ser, do viver.

114. Uma vez organizado o NCA, seus componentes se encontram, sempre que necessário, em Reuniões. É o próprio NCA que decide sua frequência, local e outros detalhes. Na grande maioria dos casos, não será possível e nem adequado que tais reuniões ocorram no local de trabalho. Isso levaria o NCA a ser “marcado” e, com frequência, antipatizado.

115. O fundamental, na existência do NCA, não é o 'ritual da reunião', mas sua presença-testemunho, sua presença-fermento, sua presença-incômodo, porque o Evangelho, por si só, desinstala e incomoda. Por isso, a presença do núcleo é uma presença “missionária”.

116. Ao 'organizar' essa presença, o NCA não deve-se deixar seduzir pelo fato de “aparecer” ou de ser “simpático” a administradores, gerentes, proprietários, supervisores, etc., pois essa atitude poderá ser uma armadilha para o próprio NCA.

117. O método de trabalho missionário do NCA é o método que a Igreja já vem usando e no qual vem insistindo: o método VER-JULGAR-AGIR-AVALIAR(CELEBRAR). Dele se tratou no livro O CURSILHO POR DENTRO, ao se expor o terceiro dia do CUR. Seu estudo e aprofundamento pode ser facilmente realizado pois já exitem inúmeros trabalhos, artigos e livros que tratam de sua prática. Quando assumido com dinamismo evangélico e evangelizador, o método gera no cristão leigo uma espiritualidade forte e comprometida. E não há porque complicar seu exercício: inicia-se da maneira mais simples possível, à medida que as pessoas se sintam participantes e não meros espectadores da realidade em que vivem. Um Ver não somente de ordem sociológica, mas de ordem evangélica; um Julgar não só de discernimento moral, mas de discernimento salvífico, pascal e missionário e um Agir não apenas formalmente “temporal” mas decididamente missionário, levarão as pessoas e os grupos ao desenvolvimento de uma consciência crítica cristã mais adequada aos desafios propostos à evangelização.

118. A função do método VJAA, portanto, não tem cunho simplesmente sociológico. Sua vivência aplicada à evangelização dos ambientes aprofunda a espiritualidade individual e comunitária dos cristãos. De fato, para ser adequadamente aplicado e vivido, o VJAA exige:
  • a reflexão constante da Palavra de Deus sobre os fatos da vida;
  • um espírito e uma prática de oração encarnada e perseverante;
  • o conhecimento da orientação do Magistério Eclesial tanto em âmbito universal, como nacional, regional e diocesano.
Retirado do livro: “Fundamentos do MCC” – Primeira Edição – MCC do Brasil



Hoje, dia 13 de junho: Santo Antônio de Pádua; Rogai por nós!
Santo Antônio de Pádua, cujo dia celebramos hoje, é conhecido como o "santo casamenteiro". Mas ele é uma referência muito maior: grande pregador do Evangelho no século 12, é um Doutor da Igreja. Fez grandes sermões entre hereges e pagãos. Anos depois de sua morte, quando seu corpo foi transferido para outro túmulo, sua língua e suas cordas vocais foram encontradas intactas. É dele o pensamento que podemos levar para nosso dia:

"É viva a Palavra quando são as obras que falam."



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