quarta-feira, 6 de março de 2013

QUARESMA


Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele
(1 Jo 4, 16)


Caro irmãos em Cristo,

É com muita alegria que nossa escola volta com suas atividades. Nosso encontro foi iniciado com a leitura da liturgia do dia Mt 18,21-35. Refletimos sobre a quaresma e cada um participante participou dando sua opinião.

Estiveram presente: Luciano, João Paulo, Cida Souza, Silvana, Márcio Padovani, Gabriel, Antônio Gomes, Maria Célia, Paulo e Hilda.


Avisos:
Tema da próxima escola: CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013


Reunião do GED Vitória
11/03/2013 (Segunda-feira)
20h no CESCLA - Jardim da Penha


O QUE É QUARESMA?
A quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja marca para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É tempo para nos arrepender de nossos pecados e de mudar algo de nós para sermos melhores e poder viver mais próximos de Cristo.

A Quaresma dura 40 dias; começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos. Ao longo deste tempo, sobretudo na liturgia do domingo, fazemos um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que devemos viver como filhos de Deus.
  A Quaresma dura 40 dias; começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos. Ao longo deste tempo, sobretudo na liturgia do domingo, fazemos um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que devemos viver como filhos de Deus.




A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. É um tempo de reflexão, de penitência, de conversão espiritual;  tempo e preparação para o mistério pascal.




Na Quaresma, Cristo nos convida a mudar de vida. A Igreja nos convida a viver a Quaresma como um caminho a Jesus Cristo, escutando a Palavra de Deus, orando, compartilhando com o próximo e praticando boas obras. Nos convida a viver uma série de atitudes cristãs que nos ajudam a parecer mais com Jesus Cristo, já que por ação do pecado, nos afastamos mais de Deus.

Por isso, a Quaresma é o tempo do perdão e da reconciliação fraterna. Cada dia, durante a vida, devemos retirar de nossos corações o ódio, o rancor, a inveja, os zelos que se opõem a nosso amor a Deus e aos irmãos. Na Quaresma, aprendemos a conhecer e apreciar a Cruz de Jesus. Com isto aprendemos também a tomar nossa cruz com alegria para alcançar a glória da ressurreição.




40 dias
A duração da Quaresma está baseada no símbolo do número quarenta na Bíblia. Nesta, é falada dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias e Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou o exílio dos judeus no Egito.

Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material, seguido de zeros significa o tempo de nossa vida na terra, seguido de provações e dificuldades.



A prática da Quaresma data desde o século IV, quando se dá a tendência a constituí-la em tempo de penitência e de renovação para toda a Igreja, com a prática do jejum e da abstinência. Conservada com bastante vigor, ao menos em um princípio, nas Igrejas do oriente, a prática penitencial da Quaresma tem sido cada vez mais abrandada no ocidente, mas deve-se observar um espírito penitencial e de conversão.


A Quaresma faz memória de Cristo, em seus quarenta dias pelo deserto, revivendo, na própria experiência, os quarenta anos do povo de Deus também no deserto. Com Ele, subimos a Jerusalém, percorremos o caminho da cruz, passamos pela morte até chegarmos à nova vida, dom do Pai, pelo Espírito.

A Quaresma é o “tempo favorável” para a redescoberta e o aprofundamento do autêntico discípulo de Cristo. É espaço para um novo nascimento. Somos chamados para assumir a penitência como método de conversão e unificação interior, como caminho pessoal e comunitário de libertação pascal. É tempo forte de escuta da Palavra, pois, através dela, vamos conhecer os desejos de Deus e praticar a sua vontade. A Quaresma é o tempo propício de renovação espiritual, uma espécie de retiro pascal estruturado no trinômio: oração, jejum e esmola (solidariedade, misericórdia).

Segundo Pedro Crisólogo, séc. IV, “o que a oração pede, o jejum alcança e a misericórdia recebe”.

A Quaresma é o tempo propício de nos colocarmos em espírito de penitência. Por isso, com o jejum, a oração e a esmola nós nos configuramos mais intimamente aos mistérios da paixão, morte e ressurreição de Cristo. Sofrendo um pouco de privação de alimentos e de bebidas neste tempo, saibamos unir-nos de algum modo aos homens para os quais é habitual a privação de alimento, de meios econômicos. O jejum se torna um gesto simbólico, denúncia profética da injustiça que nasce do egoísmo, solidariedade com os mais pobres. Assim, a preparação para a Páscoa se torna “Campanha da Fraternidade”, e a ceia do Senhor um gesto de pobreza, contrição, esperança, anúncio. Quem participa seriamente da paixão do Senhor, ainda hoje viva nos pobres da terra, sabe que a volta ao Pai – tanto a sua como o da comunidade – já começou, e que na mortificação da carne pode florescer o Espírito da ressurreição e da vida.

O jejum e a quaresma é um tempo em que damos maior liberdade a Deus para agir em nós, refreando os desejos instintivos – não só o apetite alimentício – não porem num espírito mesquinho e dualista, mas generoso e repleto de esperança, tratando de acompanhar aquele que se libertou completamente para, em obediência a Deus Pai, se doar por nó todos.

Impondo certas restrições aos nossos impulsos, abrimos maior espaço para Deus e seus filhos, que procuram um lugarzinho em nós! Mortificação, então, não significa gosto pela morte, mas morte ao homem natural, para deixar viver com mais vigor em nós o filho de Deus e irmão dos homens que somos.

Trilhemos esse caminho como discípulos, missionários e fiéis, seguindo os passos de Jesus. Este vence as tentações do demônio, revela a nós, mediante a transfiguração, que pela paixão e cruz chegará à glória da ressurreição e nos ensina a repensar o sim pessoal da fé, num encontro profundo com Ele, a exemplo da mulher samaritana, que recebe d'Ele a salvação, do cego de nascença, que começa a ver, do amigo Lázaro, que é ressuscitado.

Que a nossa Quaresma seja ecológica, também, nos preocupando com o meio ambiente e na sua preservação!

Padre Wagner Augusto Portugal V
Vigário Judicial da Diocese da Campanha(MG)
http://www.catequisar.com.br/texto/materia/celebracoes/quaresma/15.htm
19 de fevereiro: Santa Rosa de Viterbo; rogai por nós!